segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quer uma palavra-chave para a perda de peso? Motivação!


Ao conversar com pessoas que buscam pela perda de peso a primeira frase que escuto é a justificativa. Daquele chocolate a mais que comeu, da quantidade de alimento a mais que consumiu. Isso porque é muito mais fácil justificar do que realmente admitir o que está acontecendo, principalmente por termos uma quantidade de dietas mágicas para efeitos de emagrecimento rápido, como as pílulas não recomendáveis, dietas drásticas e cabulosas. Seguir essas dietas resulta no padrão clássico de efeito iô-iô ou sanfona, em que a perda do peso é recuperada facilmente.
Mas é o que sempre falo: o que é mais difícil de conseguir, e tem o resultado esperado aos poucos, possui mais valor para você. Isso porque você consegue pensar no quanto foi difícil adquirir o padrão de vida que sonha em ter.
Pensando nisto, pesquisadores da Universidade de Stanford apontam um novo caminho para ajudar no emagrecimento duradouro e efetivo. É necessário paciência, foco e pensar com razão. Ou seja, ter consciência do que está comendo!
O estudo, que aparece no Jornal de Psicologia Clínica e Consultoria, incluiu 267 mulheres obesas que foram aleatoriamente divididas em dois grupos. Metade das mulheres começaram um regime de perda de peso imediatamente. A outra metade, eventualmente, o mesmo esquema, mas primeiro passaram por um programa de oito semanas para aperfeiçoarem o seu estilo de vida e aprenderem a estabilizar o peso. Ambos os grupos de mulheres, em última análise, emagreceram cerca de 17 quilos, em média (ou 9% do seu peso corporal inicial). Porém, ao longo do ano seguinte, as mulheres que participaram do programa de oito semanas recuperam uma média de apenas 3 quilos em comparação com 7 quilos em outro grupo.
Perda de peso devagar para manter
A parte de dieta do estudo durou 20 semanas e contou com todas as características de convencionais programas de emagrecimento. As mulheres se reuniam semanalmente com um instrutor treinado, liam e acompanhavam revistas de alimentos e seguiram uma dieta saudável focada em frutas e legumes.
As mulheres aprenderam a controlar o peso, controlar o tamanho das porções, saborear as refeições e identificar os substitutos saudáveis para os seus pratos favoritos de alto teor calórico dos alimentos. Para não haver uma desistência da dieta, os pesquisadores fizeram um “período de férias” da dieta, que eram 5 dias para comer alimentos com alto teor calórico.   De acordo com o pesquisador do estudo, este processo as encorajariam de continuar na dieta, havendo um senso de domínio da mulher, sem a pressão de manter uma perda de peso!   Assim, aos poucos, foi criado um momento de aprendizado e treinamento mental.
O que acontece com as mulheres que emagrecem é uma animação imediata do peso perdido, sendo o divertimento compensado no: “posso comer um pouquinho a mais, não tem problema”. No Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, tive a honra de trabalhar com o grupo de adolescente obesos por 2 anos. Os grupos tinham 1 ano para emagrecer e seguirem o nosso protocolo a risca. Isto significava realizar os exercícios no instituto 3 vezes por semana, participar dos grupos de conversas, passar pelo médico, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e educador físico. Enfim, fazíamos parte de uma equipe multi e interdisciplinar com enfoque em todos os processos que faziam aquele obeso estar ali. O resultado da maioria? Perda de peso duradoura, efetiva e reeducação mental.
Vale lembrar que a obesidade é uma doença crônica, que não tem cura, porém controle. O obeso pode emagrecer, mas o “gene obeso” sempre estará ali esperando qualquer desestabilização emocional para recuperar aqueles quilos perdidos. Como exemplo, pessoas que fazer cirurgias de redução do estômago tem um sério problema de não conseguir controlar a mente. Isto porque o estômago reduz, porém a cabeça continua com vontade de comer. Já ouvi casos de obesos que passaram por esta cirurgia e não tiveram acompanhamento psicológico, pegarem todos os alimentos (arroz, feijão, carne, batata) e baterem no liquidificador para suprir aquela fome “mental” que estavam passando.
Assim, havia uma absorção imediata do alimento e ele via que realmente estava comendo tudo aquilo. Enfim, de nada adiantava e o peso voltava. Muitos casos podem ser enquadrados aqui, porém o que vale lembrar é que não é só necessário perder o peso, é necessário um treinamento mental, com terapias cognitivo-comportamentais, para que aquele tratamento seja eficaz. Além disto, a prática de atividades físicas conciliadas a estas terapias multidisciplinares é totalmente benéfico para melhora de comportamentopatologias e estima!

Texto e imagens retirados de www.educacaoemdiabetes.com.br


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