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Estudos feitos com populações de esquimós, consumidores regulares de peixes gordurosos, demonstraram baixa ocorrência de casos de doenças cardíacas. Atribuiu-se, portanto, à sua alimentação uma proteção aos fatores de risco de doenças cardiovasculares. Isto se deve, principalmente, à presença dos ácidos graxos essenciais de cadeia longa ômega 3 e 6 nos peixes, que são considerados alimentos funcionais. Benefícios da ingestão de Ômega 3 e 6, sobre os fatores de risco de doenças e sobre o corpo humano:
Atuam sobre a pressão sanguínea;
Atuam sobre o nível de triglicérides e colesterol;
Ajudam a reduzir danos vasculares, evitando a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose);
Conferem à pele maciez e aspecto aveludado, além de proteção a infecções;
Regulam a temperatura do corpo e a perda de água;
Atuam sobre o sistema imunológico;
Proporcionam benefícios sobre a síndrome menstrual.
Atualmente, encontramos no mercado uma grande variedade de produtos enriquecidos com ômega 3 como leites e ovos, por exemplo. Mas além destes temos uma grande variedade de fontes naturais desse ácido graxo:
Peixes como atum, anchova, carpa, arenque, salmão e sardinha;
Frutos do Mar;
Óleo de canola.
Como fontes de ômega 6, podemos citar:
Sementes oleaginosas;
Óleo de milho, girassol e soja.
Gorduras: saiba como consumir
Não é só porque algumas gorduras podem trazer benefícios que você pode sair por aí devorando estes alimentos. A FAO/OMS - Food and Agriculture Organization/ Organização Mundial de Saúde - recomenda que o valor calórico total diário (VCT) seja distribuído segundo as seguintes proporções:
Carboidratos - pães, biscoitos, cereais e batatas - 50-60% do VCT;
Proteínas - carnes, leite e leguminosas - 10-15% do VCT;
Gorduras - óleos e gorduras puros ou contidos nos alimentos - 20-25% do VCT.
Ao consumir gorduras, prefira o consumo de gorduras monoinsaturadas (azeite de oliva, abacate e amendoim), pois estas reduzem o LDL ("colesterol ruim"). Entre aquelas que são fontes de ômega 3 e 6 (óleos vegetais, nozes, peixes e frutos do mar) o consumo deve limitar-se a 10% do VCT, pois assim garantimos seus benefícios e evitamos o excesso, que pode reduzir a ação do HDL ("colesterol bom") e dificultar a coagulação sangüínea. As gorduras saturadas devem representar menos de 10% do VCT, por causa de seu efeito sobre as artérias. Esse tipo de gordura encontra-se nas carnes, no leite integral e seus derivados. Por último estão as gorduras do tipo trans, presentes nas margarinas, frituras e biscoitos amanteigados, estas devem ser evitadas, uma vez que seu consumo está associado com o aumento de colesterol e com o risco de doenças cardíacas.
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