A obesidade é considerada epidêmica em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo um grande problema de saúde pública mundial. Considerada uma doença crônica que induz a anormalidades metabólicas, contribuindo para o desenvolvimento de diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemias e hipertensão, que requerem tratamento a longo prazo e estão associadas a risco elevado de morbidade e mortalidade, ocasionando grande impacto na economia mundial.
A obesidade pode ser definida como o excesso de gordura corporal, tal acúmulo ocorre devido ao fornecimento de energia ao organismo acima do valor energético necessário para a realização e manutenção dos processos vitais diários.
O grau de obesidade pode ser diagnosticado a partir dos critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) proposto pelo índice de massa corpórea (IMC) que é obtido através do peso do indivíduo (kg) dividido pela sua altura ao quadrado (m2).
Assim, a OMS define sobrepeso quando o IMC encontra-se entre 25 e 29,9 kg/m2, e obesidade, quando o IMC encontra-se superior a 30 kg/m2.
Hoje está estabelecido o papel deletério do depósito intra-abdominal de gordura para distúrbios metabólicos e doença cardiovascular. A circunferência da cintura ou a razão entre as circunferências da cintura e do quadril (RCQ) fornecem uma estimativa indireta do acúmulo de tecido adiposo visceral.
As pessoas podem iniciar o sobrepeso e/ou obesidade com qualquer idade, variando entre os sexos. Podem ser relacionadas influências pré-natais como a ingestão calórica materna durante a gravidez, que determina o tamanho, o formato e a composição corpórea do feto. Neste período, o tabagismo e o diabetes gestacional aumentam o risco de obesidade da criança. Crianças com baixo peso ao nascer ou pequenas para a idade gestacional podem desenvolver futuramente a gordura abdominal e suas conseqüentes comorbidades.
O aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida diminui o risco do desenvolvimento da obesidade da criança na fase escolar.
O surgimento da obesidade na infância e adolescência vem aumentando de maneira alarmante, determinando várias complicações nesta fase, podendo permanecer até a idade adulta, porém a maioria das pessoas desenvolve a obesidade na idade adulta, ocorrendo nas mulheres após a puberdade, podendo ser ocasionado pelo ganho de peso na gestação, contraceptivos orais e menopausa e nos homens devido à transição do estilo de vida ativo durante a adolescência para uma vida mais sedentária.
A obesidade está diretamente relacionada aos hábitos alimentares e ao estilo de vida. Diversos fatores influenciam o hábito alimentar, entre eles os fatores externos como unidade familiar e suas características, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos, conhecimentos sobre nutrição e manias alimentares e também pelos fatores internos como necessidades, características psicológicas que se relacionam com a imagem corporal, valores e experiências pessoais, auto-estima, preferências alimentares e saúde.
O aumento do consumo de alimentos processados e fast food que são ricos em gorduras saturadas e carboidratos simples associados ao estilo de vida sedentário como assistir televisão por várias horas, dependência de transporte motorizado, realização de trabalhos sedentários e a ausência da prática de atividade física, atitudes que contribuem para a redução da taxa de metabolismo de repouso e reduzem o gasto metabólico para as atividades diárias, favorecem o surgimento da obesidade e por conseqüência as doenças crônicas não transmissíveis.
Além disso, hábitos como não realizar o café da manhã, consumir grande quantidade calórica no jantar, ingerir uma variedade limitada de alimentos e preparações em grandes porções, consumir refrigerantes em excesso, são práticas indutoras para a obesidade.
A realização da modificação da dieta e a introdução da atividade física, associadas à terapia de modificação de comportamento, são a base de tratamento para todos os pacientes com sobrepeso ou obesos.
Texto criado por: Elaine Cristina e Mariana (Trabalho Acadêmico)
Ótimo texto, parabéns pelo Blog!
ResponderExcluirObesidade é realmente um problema mundial. Nós brasileiros não estamos imunes. Acho importante debater o tema. Parabéns pelo blog
ResponderExcluirDr Alexandre Faisal